Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Mosto e da Chuva, Textos de Alberto Moreira Ferreira
As brancas não chegam do tempo
Não há tempo, antes e depois das
Horas tudo e nada são oferendas

Depois do dédalo, das ametistas
O fogo desvanece e o fio desliza
Crepita a escuridão da lâmpada 

Donde podes entrever que foste
Parte do vento da chuva do sol
Da liberdade, e agora parte de nada

A última porção do fio resvala
E tu voas de mãos cheias
Sem um ai um se um até logo

Não te quero assaltar o coração 
Mas deixa-me dizer-te que
Quero roubar-te qualquer coisa