Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Mosto e da Chuva, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Chegará o poema a ser visitado no seu domicílio 
antes ou depois do acontecimento funesto,
seja amigo naturalmente ou prenhe de vazio!
Este sem companhia não podendo investir
investe no preenchimento do interior mais
e crê que os amigos preferem a música acústica 
sabe que os céus não têm ou encurtam a memória e enche
copo atrás de copo melancólico às vezes à procura
da companhia, da única que lhe trará a desejada
tão indesejada quanto a resignação - a morte não é importante,
ao fim; tudo é semelhante, nada é ouro e o dia d
fogo luz
e vida ao próximo