Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Mosto e da Chuva, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Eu queria amar as fitas
          E as pedras ondas
Os veículos nascidos em fins de vidas usadas
Tubos capilares em rolo de cobre de aço inox 
A cinza quadrada da mesa de apoio redondo
E nem com a língua consigo praticar o ínvio
Eu que na minha juventude longínqua
Não pensei num corpo prestes a arder
Longe da lua de Ribes Rubrum
Em movimentos contínuos pela harpa: 
                                                                ter
As mãos pela graça das mãos a amar sempre
                                                                  , sempre
Ainda que ame em silêncio uma flor inteira
Acima da sombra de toda a sementeira de mármore 
Parks; ela é uma azálea da cor que vale a pena Rosa
E, fantasie na curva da solidão apertado
Pela... pela água sem pé no fim do verão
Eu queria amar o ínvio, não consigo
Embora ame o exequível sem poder

"Rosa Parks"