Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Mosto e da Chuva, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Os cães lembram o cemitério 
O latir amordaçado os berros dos mortos 
A minha vergonha é a minha vaidade
O céu é irritante o coração desgraçado 
A rua é branca as casas são brancas os postes de cimento são brancos as luzes brancas muros brancos
Tudo branco tudo branco branco branco
Só o raio do cemitério é cinzento
E os cães, 
Mas esses são pequeninos