Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Mosto e da Chuva, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Alimentai as focas a gafanhotos grelhados
Deixai crescer os rios e o ar ferver
Fazei aeroportos de querosene 
Exponham o ar às moscas de metal
Desmatai como uma mão 
Deixai os mares arder e os oceanos engordar no fim do mundo
O sangue escorrer até à última gota
Meu amor
Houvesse realidade perene
Temos ainda o outro mundo para viver