Atiro o peso ao ar ou rio louco
E penso que há cidades de camélias
Longínquas
onde trocaram as vísceras por harpas
E a harmonia ad libitum perpetua-me a vontade de ficar
Até ao último momento a contar-me uma boa
Como as bicicletas de açúcar nas luas de Júpiter pai
Pai eu quero ir embora
Carrego a incompreensão dos partos vaginais
O padecimento do tecido morto
E a raiva das pedras mortas
Das facas sempre à espreita
Mas pai, onde é que fica essa cidade
Ouvi dizer que há mel no coração das gotas
E eu quero tanto atirar tudo ao ar pai
Vou tomar café
Não há café pai